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2 de abril de 2022

fui no tempo atrás

E hoje se fez sol, mesmo assim a dar para o gelado. Lá, do outro lado da linha do horizonte, para os lados placentários da minha existência, deve estar calor e o roncar dos motores se devem fazer ouvir. Hoje lá tem as corridas de Mar e Março mesmo estando em Abril. Aqui faz frio e não tem mar para dar banho ao corpo, só mesmo para o congelar e partir aos pedacinhos e pegar neles e assoprar para irem para sul ao sabor do vento.
E hoje se fez sol nesta vida que é uma colecção catalogada de saudades e memórias. Me deixo ir embalado nelas, revejo cada curva, cada irregularidade do asfalto porque o calor faz colar tampinhas à beira da Minhota. Sentado na areia vermelha da avenida, a contar formigas, a ver os carros que passam na velocidade que parece não é muita mas o barulho assusta, olho para os meus ontens e recordo também a esquina da SOS e os carros ainda parece roncam mais para a subir. Virar à esquerda na Torre do Tombo, fazer a recta encurvada da igreja, Curva contra curva do tribunal, descer até na alfandega e virar à esquerda, logo outra esquerda e uma direita para a marginal e lá foi uma volta, passados os carris do caminho de ferro que não deve ser fácil passar naqueles carros que não têm amortecedores como o bólide da minha mãe...

Sanzalando

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