Quantas vezes tentei esvaziar o meu cérbero de memórias para as poder depois arrumar num arquivo lógico e ligando ponto a ponto fazer a minha estória? Quantas vezes tentei usá-las para chegar a bom porto, a porto seguro, a lugar de tranquilidade e nada turbulento onde possa estar a contemplar-me? Quantas vezes olhei a lua cheia só com vontade de não pensar em nada e assim não ter uma memória? Quantas vezes me neguei na tentativa de me esconder de mim? Quantas vezes olhei as cores na indecisão de escolher uma onde eu fosse reflexão?
De todas as vezes voltei a mim e continuei o meu caminho, pelo menos até aqui.
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