Não fazer nada é um risco. Não dizer nada é um risco. Não decidir é um risco. Viver é um risco. Por via disso eu faço tudo e nada. Vivo. Não preciso de algo bonito para sonhar a vida. Risco e arrisco-me.
Comecei a entender um bocado a vida quando dei por mim, entre as oito e as nove da noite, a olhar pela janela e ver a chuva a cair. Consegui ver os meus passados a escorrerem pelo vidro, as tormentas da vida a deslizarem vidro a baixo e olhar pessoas correndo como que a fugir duma valente molhadela.
Olhando pela janela vi a imensidão de vidas que tive, as fugas que fugi de mim, os frios que senti e os calores que me despiram ou transpiraram.
Foi assim que me perguntei: vale a pena esperar o bom tempo sem saber se existe amanhã?
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