Nada será guardado nas minhas gavetas de memória nem em papeis amarelecidos numa estante qualquer. Não guardarei retratos nem fotos de família mostrando ruas, épocas ou pessoas. Minha mente não será um museu e tudo será reciclado para presente, vida ou futuro. Todas as recordações, todas as memórias, todos os rostos serão presente, não lágrimas de saudade nem estórias de passado, todos estarão vivos porque fazem parte do eu, ser de agora.
As luzes que brilharam no passado deixaram um brilho que permanece no hoje; as cinzas esquecidas nas fogueiras da minha inquisição mental serão testemunhas dos meus pensamentos actuais; as lágrimas choradas de amores antigos serão marés vivas do mar presente que me banha em cada objectivo.
Não terei porta-retratos na minha memória, trá-los-ei no coração
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