Olho para além do zulmarinho da minha memória, vejo o Zé, Mané, Domingos, Mateus e outros tantos correndo rua acima e abaixo numa brincadeira alegre. Sou criança quase adolescente, tenho brincadeiras de ambos catálogos, faço asneiras das duas categorias e tenho conversas de gente grande. O asfalto está quente parece ferve debaixo da sola do meu pé e eu descalço continuo a caminhar para a praia como se tivesse encontro marcado. É tempo de verão se aqui houvesse inverno para além dalguns dias de cacimbo. Continuo a olhar para lá da minha memórias e acho um dia vou ser capaz de te encontrar para dizer adeus. Há dor de quem parte e de quem fica. Desta vez fiquei eu. Partiste e não tiveste tempo de dizer adeus. Para cá da minha memória já há nomes que não encontro, crianças adolescente que como eu brincavam alegres na minha rua a caminho da praia ou de lá vindos. Estamos a nos evaporar, parece, dizem, é da idade. Aos poucos vamos ficando menos a recordar os muros, as conversas e bulhas por causa delas.
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