Vou-me sentar para aqui, na escadaria do tribunal, a olhar até no fim da avenida, se os meus olhos cansados conseguirem olhar tão longe. Não tenho nada de especial para ver. Nada de importante se passa aqui. Só mesmo ver os carros que fazem a curva e contra curva em direcção ao lá em baixo. A pé ninguém vai passar a não ser os polícias que vão na fortaleza e esses não têm interesse em falar comigo pois estou aqui e até parece é hábito. Gosto mesmo de sentar aqui e pensar que a quadriculada cidade é grande, a perder de vista. É tão bom daqui deixar a imaginação voar para lá das páginas dos livros e sebentas. As meninas bonitas estão a ajudar na lida da casa ou a fazer os trabalhos de casa e também não é aqui que vão passear. Aqui não tem a Loja das Noivas, nem o Graça Maria, nem a Ourivesaria do Moreira nem nada parecido. Tem a avenida com as fontes, gazelas e lá em baixo as buganvílias a fazerem um túnel de sombra onde aos domingos os mais velhos passeiam ao fim da tarde antes de ser noite. Aqui só estou eu e a minha inteira imaginação.
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