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23 de novembro de 2023

zulmarinho desamor

Sentado na areia da praia, mais ou menos onde estará o chapéu de sol cor de laranja que daqui a pouco, adivinho, vai chegar, envolvo-me no sabor salgado da aragem que sopra e vagueio por desejos que se traduzem no simples abraço que queria dar. Esqueço-me que não sabes que eu existo, que a minha grandeza não tem comparação com a tua e só esta capacidade de sonhar faz com que a brisa do mar me leve para os teus braços.
Talvez no crepúsculo, quando o sol estiver a se deitar para lá da linha recta que se curva tu te recordes de me olhar, sorrires e dar oportunidade de me ver e sentires o que eu sinto..
Ver o zulmarinho e sonhar, uma actividade contemplativa que não é mais que uma celebração de amor que nem as sombras de chapéus de sol, barracas ou toldos, ruídos de gente saltando, correndo ou brincando nesta areia me faz despertar.
Quando tu aqui chegares o marulhar virará calema dentro de mim e a brisa marítima se tornará ciclone, os meus olhos verterão água salgada porque mais uma vez não saberás da minha existência e a fronteira seca do teu olhar será o meu muro de lamentações.



Sanzalando

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