Eu que conheço tão pouco a minha terra ando por aí a passear na terra dos outros que são mais outros que eu. Agora vou passear pela minha terra através da boca ou da escrita dos outros, através das fotografias dos outros. Mas antes assim que cristalizado nas ideias da memória que o tempo tenta apagar e que a realidade vai transformando.
Na minha terra o mar dança ao ritmo das marés numa sinfonia de marulhar na areia branca de muitas cores. Tem lugares de águas mornas e outras mais frias que as até arrepia só de pensar que o frio delas é o quente da terra dos outros. Quando olho qualquer mar eu vejo o que me chega no sabor das correntes o perfume, o calor e a simpatia da lá.
E quando se põe o sol e o céu fica parece é fogo de uma queimada que não arde? Esse mar é mais que um sustento, é mesmo a ligação do meu passado com o meu futuro neste presente.
Neste mar que um dia baptizei de zulmarinho conto as minhas estórias tantas vezes em silencio e meditação.
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