Até ao presente eu me tenho sentado a olhar esse zulmarinho e vagabundado por pensamentos, sonhos e desejos como que eu precisasse filmar o conteúdo da minha memória.
De verdade que os sonhos são símbolos de aspirações, de esperanças ou desejos. Os meus filmes são palavras que associo ao mar angolano, num remetente de ligação profunda, numa cultura histórica que vem desde a placenta até aos sessenta. Esse mar não é mais a fronteira ocidental, física e intransponível mas é a minha real ligação de oportunidade e vivência ao solo natal.
Os sonhos poderiam ser apenas expressão poética dos meus devaneios, as imagens dos meus desejos e quereres, porém são mesmo o somatório do meu passado num chegar até hoje, dinâmico e variado na metáfora marítima da minha juventude.
É importante notar que várias vezes quis sair desse registo sendo que a interpretação de cada um pode variar e o contexto da expressão é inevitavelmente ligado a Angola. Hoje quero sair, uma vez mais. Quero deixar os sonhos e desejos para uns momentos esporádicos e queria ficar num texto livre, actual, recente, criativo e ao mesmo tempo divertido. A minha diversão é fazer filmes de palavras, com cortes e montagens ao meu gosto e sabor.
Vou tentar e ver como me safo nesta aventura...
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