Me sento nos hexágonos da marginal, sem cana de pesca, linha ou anzol. Sou estou aqui a ver o zulmarinho e contemplar os meus sonhos que se estendem por ele e dançam ao sabor das ondas. Transcende a minha capacidade de sentir porque é um espetáculo de rara beleza e muito mistério. O marulhar é a banda sonora, melodia que me acalma e me convida a meditar.
Ao olhar para o infinito que daqui vejo, lá onde o céu toca no mar tem uma resma de sonhos e desejos, de visões e quereres, promessas de recomeços. Só esse mar para me fazer ver o que sou no meu imaginário, sem limitações ou prisões sentimentais ou materiais.
E o sol, fiel companheiro desse zulmarinho, pinta no mar reflexos que desenham a cor de ouro os contornos dos meus desejos e sonhos. Momento mágico que não palpável porém vivido, que realizo sonhos que a natureza embeleza.
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