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Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Cascalhudo e ácido Hoje, 20:01
Forum: Conversas de Café
carranca
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Cascalhudo e ácido Hoje, 20:01
Forum: Conversas de Café
Uma parte de mim gosta de sofrer. É essa parte de mim quem mais constantemente escreve neste sítio. Essa parte acredita que amores imperfeitos são as flores da estação em que se encontra, apeadeiro de uma vida, ponto de passagem para lugar algum. Essa parte de mim remexe feridas nunca cicatrizadas, ama o que, se calhar, merece muito mais que amor, não ama como deveria amar as coisas todas que ama e desenterra lembranças pelo simples prazer de sofrer duas vezes.
Há quem lhe possa chamar saudade, nostalgia e outros significativos adjectivos. Essa parte de mim limita-se a ser a transparência de uma alma vagueando entre dois pontos a que convencionaram chamar início e fim, caminho intermédio da vida que se vive entre sonhos.
Se amanhã fosse o dia dos namorados e eu tivesse que passá-lo desacompanhado desse amor sentir-me-ia quase como um maboque numa banca de kitanda na feira. Cascalhudo e ácido.
Faço uma breve análise dos factos e concluo que se não pudesse passar esse dia de amanhã com o que eu realmente desejo, preferiria mesmo ficar enrolado numa mortalha alguns palmos abaixo do nível do zulmarinho. Não sei se para sempre mas nesta altura deste campeonato da vida sim.
Se eu não tenho sorte no amor, então seguirei esperançoso jogando no euromilhões, pois não é possível que eu não tenha direito à minha quota parte de sorte num jogo. De vida ou azar.
Definitivamente, eu não poderei ser enrolado em mortalha sem antes sonhar o sonho que trago dentro de mim, sem antes saborear os ares que trago em mente, sem antes degustar o gosto que trago sempre presente.
Eu não preciso de data específica para ser piegas.
Há quem lhe possa chamar saudade, nostalgia e outros significativos adjectivos. Essa parte de mim limita-se a ser a transparência de uma alma vagueando entre dois pontos a que convencionaram chamar início e fim, caminho intermédio da vida que se vive entre sonhos.
Se amanhã fosse o dia dos namorados e eu tivesse que passá-lo desacompanhado desse amor sentir-me-ia quase como um maboque numa banca de kitanda na feira. Cascalhudo e ácido.
Faço uma breve análise dos factos e concluo que se não pudesse passar esse dia de amanhã com o que eu realmente desejo, preferiria mesmo ficar enrolado numa mortalha alguns palmos abaixo do nível do zulmarinho. Não sei se para sempre mas nesta altura deste campeonato da vida sim.
Se eu não tenho sorte no amor, então seguirei esperançoso jogando no euromilhões, pois não é possível que eu não tenha direito à minha quota parte de sorte num jogo. De vida ou azar.
Definitivamente, eu não poderei ser enrolado em mortalha sem antes sonhar o sonho que trago dentro de mim, sem antes saborear os ares que trago em mente, sem antes degustar o gosto que trago sempre presente.
Eu não preciso de data específica para ser piegas.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Só podia mesmo ser de lá.....
ResponderEliminarLindo !!!!
Bj
Di
Conterra,sabes que acredito que essa capacidade de amar,de sentir e de entrega vem dentro de nós como matéria prima para tudo que "produzimos" na vida...
ResponderEliminarTu tens o dom de a teres descoberto,nela trabalhares e de nos fazeres entender que somos nós que originamos os "defeitos de fabrico" quando dela prescindimos...
Bem hajas conterra por alimentares esse nosso lado.
Abraço
Armanda
Parabéns Carlos, as fotos são lindas!
ResponderEliminar... e somos quase vizinhos.