A Minha Sanzala

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24 de novembro de 2005

Uma estória verdadeira(1)

fotos by me
Os responsáveis...


"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Uma estória verdadeira (1) Hoje, 19:14
Forum: Conversas de Café
Tenho certeza que vou-te reencontrar. Não sei o dia e a hora, mas sei o lugar.
Sabes, seguindo em frente, sem GPS, sem estrelas, sem luar, eu vou-te encontrar. Encontrei-te uma vez depois de muito tempo sem te ver, sem te sentir, sem poder tocar-te. Estavas ali, igual a ti, porte altivo. Tu mesmo na tua essência, na tua mistura de cores, nos teus olhos de muitos olhares. Estavas ali como que à minha espera. Sei que te parece pretensiosismo da minha parte, mas era o que me pareceu e pronto.
Sabes, quando sai daquela avião, olhar-te, tocar-te, foi assim como uma coisa que nos bate no peito, nos faz rolar uma lágrima, nos faz sorrir de chorar. Entendes-me? Pois foi isso que quase não senti. Não, não é por ser insensível ou coisa do género. Foi mesmo pelo susto. Tás a ver, yah, sair de várias horas de voo, querer esticar o corpo, querer respirar fundo o ar que era teu, descer as escadas e encontrar um matulão, colete reflector, cabelo rapado, segurando um papel A4 com a tua fotografia ali bem à vista? Pois é.
Tremi por dentro e por fora. Não sabia se da comoção se dos medos todos que me vieram à cabeça. Timidamente, em voz quase silenciosa lhe disse que aquele ali, apontando para a foto, era eu. Ele, de dentro de todo aquele corpo diz-me para caminhar para ali, apontando a escada da frente do avião. Tás a ver, não tás? Todos os passageiros do lotado avião seguem para os autocarros de pista. Eu ali parado, frente à primeira escada do avião que sabia que horas depois regressaria às suas origens. Tudo me passou na tola, qual filme de terror, qual filme de paixão enganosa em marido desconfiado. Tou feito, pensei eu cá para comigo. Será que só te consigo ver este bocadinho, sentir-te aqui tão perto e afinal estavas tão longe?
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

1 comentário:

  1. eheheh essa eu lhi disconhecia!!! vc si borraste né?! conta tua verdade!! tou-te a ver a imaginares-te de ida sem vinda!!
    Continua yá ? Quem quiser q coçe o cotovelo! se não der com a boca que o faça com o tornozelo...eheheh
    Armanda

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