A Minha Sanzala

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25 de novembro de 2005

Uma estória verdadeira(4)








"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Uma estória verdadeira (4) Hoje, 18:56
Forum: Conversas de Café

Seguiu-se um cortejo como quem vai num casamento ou coisa parecida, rumo à Maianga. Isto é isto, isto é aquilo. Isto que vês aqui vai ser assim e assado. Visita guiada nuns tempos perdidos no tempo. Isto era aquilo agora é ou vai ser aquilo. Tas a ver? Eu a ver-te pela primeira vez. Beber-te, usar-te nas tuas ruas, subidas e descidas, plano inclinado de emoções. Ali estava eu pronto a sentir cada centímetro teu, sem capacidade de absorver tudo naquele instante. Se alguém tivesse dito “patego olha o balão”, não estaria a mentir. Era mesmo. Chegados à Maianga grande festa de recepção me esperava. Mais cambas ali. Pôpilas que eu não mereço assim tanto nem mais ou menos. Palavras não sabem como devem ser ditas tal o nó que se apertava na garganta. Só ouvidos e os sentidos de sentir estão despertos. Bebo uma Cuca. Segue-se uma Simbila, não há ali Nocal nem Eka. Mas ambas estas que me dão são boas e continuam as melhores do mundo. Se acende uma AC. Olha-se a lua, aquele satélite que mais não é que a representação celestial da sua imagem. Filma-se e fotografa-se com olhos, câmaras, emoções. Tudo serve para guardar aqueles instantes. Tudo serve para esquercer os medos passados. Tudo tem uma seta que indica mesmo o rumo que tem de ser seguido. Cruzamentos de alma com coração.

Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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