A Minha Sanzala

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30 de novembro de 2005

Uma estória verdadeira(6)





"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Uma estória verdadeira (6) Hoje, 16:56
Forum: Conversas de Café
Mas hoje é dia de homenagem. Agradecer-te ter chegado até aqui.
Primeiro passo de gente importante é prestar homenagem aos heróis.
Como eu sou importante, pelo menos sou-o para mim, e as honras cabem aos generais, diz o velho ditado, mas estes louros, às vezes, são conseguidos à custa do sacrifício de soldados, aquela gente que hoje continua no anonimato e que a 9 de Novembro defendeu-se com unhas e dentes para que o Sr. Presidente no dia marcado, à hora marcada dissesse o que disse no largo 1º de Maio que hoje tem uma estátua dele mesmo, grande como ele que merece, eu fui visitar o Memorial aos Heróis de Kifangondo. Desconheço por completo um só nome. Para mim mesmo o mais importante foi terem travado a coluna que vinha de sei lá onde com canhões de outras paragens. Mas o que conta foi mesmo que o travão foi ali travado perto da ponte que já tinha caído.
Depois de te ter feito aquela simples homenagem que me ficou bem na consciência e me honrou ter honrado os heróis, foi hora de partir para o almoço. Gente importante tem também necessidade de coisas básicas tal como comer. Restaurante de muitas estrelas. Se fosse jantar se via a quantidade de estrelas do referido dito cujo restaurante. Estrada do Cacuaco em direcção a Caxito, beira da estrada, mesa corrida, banco corrido. Menu variado que consta só mesmo de Cacusso grelhado com molho de cebola que é um pitéu de se lhe tirar o chapéu, que acompanha mesmo com cará, banana pão e, fundamental, feijão com óleo de palma. Te conto que aqui foi regado com a boa pomada que é a Cuca quando estupidamente gelada. Só te posso dizer que foi coisa de ainda agora estar a salivar só de lembrar. Serviço de qualidade, vista para o mato e estrada, numa constante mutação de coisas moveis carregadas de gente em ambas as direcções caté parece tá haver excursão.

Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

1 comentário:

  1. Hoje apetecia-me ser brejeiro. Mas... Só te digo que te divertiste que nem um Cabinda.

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