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16 de novembro de 2007

hoje

Me sento por aqui e penso que eu gostaria de estar a cumprir uma promessa que fiz para mim mesmo. Hoje queria ter reunido todas as minhas forças e estar a sorrir, sentado naquele muro que afinal de contas, se tivesse olhos, me tinha visto crescer. Hoje queria estar engalanado de corres garridas e gargalhadas sonoras a usufruir do que me gastou tantos anos a amadurecer.
Gostaria mas não estou e portanto um ponto final provisório no assunto.
Assim posto me resta ficar aqui sentado e fazer uma serenata mental, pegar na viola virtual e com voz romântica cantar-te um filme que imaginei.
Hoje aqui sentado me resta recordar o livro de quem só li umas 20 páginas quando tinha para aí uns 15 anos e que faz tempo o queria ter terminado mas já nem me recordo do título nem do autor.
Hoje, aqui sentado já nem sei bem se o filme foi por mim imaginado ou existe mesmo ou se o livro existe ou foi por mim imaginado.
Hoje aqui sentado me apetece perguntar por ti mas não ouso fazê-lo porque não sei se tu existes ou se existes só mesmo para mim.
Olha, me sento por aqui e espero que a chuva dos teus olhos pare e te animes, até que sejas capaz de sorrir.

Sanzalando

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