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19 de novembro de 2007

Novo caminho

Aqui estou sentado a olhar o horizonte com um olhar que nada vê. Nestas ruas engarrafadas de sonhos e pensamentos existe uma neblina que não me deixa ver para além da curva, para além de mim.
Terá alguma importância que eu mude?
Já sei, esta pergunta é incorrecta porque eu sou o resto da humanidade.
Mudar um deserto e convertê-lo num lugar habitável pode ser um objectivo utópico, porém para algumas poucas pessoas o deserto é a sua vida, o seu lugar.
Olhando uma foto dum deserto posso ver a areia sedenta e a beleza das suas curvas suaves, sentir como se fosse a sua pele recoberta de óleos aromáticos, sensual.
Mudar-me é quase o mesmo. Utópico! É abandonar-me, descobrir espaço, sem movimentos bruscos, é sonhar, é olhar e confundir o meu olhar com a música suave da alma, é recuperar a vitalidade e energia sem poder parar de dançar ao ritmo da vida.
È neste momento que dou conta que iniciei um novo caminho.



Sanzalando

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