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18 de abril de 2009

Canto canções de amor (2)

Me sento no caminho de lado nenhum. Não me apetecia andar, não me apetecia apanhar vento. Olho para o espaço outrora ocupado pela minha pobre Pitangueira que além das seis flores e muita esperança, não me deu mais nada. Mas acho que nunca esperei mais nada dela para além da esperança.

Mas, preguiçosamente aqui sentado me apeteceu cantar uma canção só para mim. Não me lembrei de nenhuma. Inventei uma letra que juntei uma melodia. Dentro da minha imaginação, é claro. Se por acaso eu tivesse tentado, chamemos assim, cantado em voz alta, estou certo que seria um alvo abatido por algum ouvido mesmo que surdo.

 

Quero ser uma palavra serena e calma,

Uma paz livre na madrugada,

Quero ser um desejo feito alma

Nesta voz rouca ou calada.

Quero ser os olhos da lua

E olhar-te tantas vezes,

Umas vestida, outras nua.

 

Quero ser uma jura de amor,

Pegadas livres no mar,

Quero cantar –te uma flor

Com os olhos de te amar.

Quero ser uma estação,

Dar-te frio ou calor,

Ser teu Inverno ou verão.

 

Quero ser apenas eu,

Num teu!


Sanzalando

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