Estou cansado. A minha Pitangueira foi um ar que se lhe deu. O meu mar gela-me os ossos só de lhe olhar por detrás das muitas roupas invernais que tenho de vestir. O que me apetecia mesmo era estar numa qualquer sala perto duma lareira a fazer filmes de imaginar. Mas se devido ao cansaço os meus olhos de sono se fecham, os filmes já não são de imaginar mas de pesar, transpirar, espernear. Autênticos pesadelos.
Ainda há pouco, espreguiçado no sofá, me deixei embalar e parecia uma tarde submersa, caía água das paredes, por detrás dos quadros, por entre azulejos, pela porta mal fechada, pelo chão. Os nervos, qual bailarino, se puseram em pontas, gritos sonhados gritei. Desespero. Enfim, uma autêntica cena dum qualquer filme chamado de A Casa em Ruínas. Tudo real. Tudo passado nos cinco minutos que os meus olhos se fecharam num dormir de sono.
Porque é que será que o sol de verão tarda em chegar?
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