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10 de abril de 2009

agendado sonho

Uma pétala duma flor branca se me chegou trazida pelo vento que teima em soprar forte. Acho há uma pitangueira por aqui num arredor do esqueleto da minha Pitangueira que parece morreu de pé como todas as árvores devem de morrer.
Mas eu estou ensonado e os olhos ainda olham como se estivesse nevoeiro cerrado. Acho o dia está a nascer com luz a mais, a luz de ontem está aqui misturada ainda juntada pelo vento que entrelaçou os meus cabelos num emaranhado de ideias, algumas perturbadoras, outras enervantes.
Deve ser por eu ainda não ter acordado nos sentidos todos da palavra. Mas a verdade é que eu consigo combater o frio de lá de fora com o meu calor estival interno.
Mas esta pétala branca veio confundir-me mais a cegueira do sono que eu ainda não dormi. Vais ver ela faz parte apenas do meu sonho que como todos os meus sonhos são realidades longínquas, letra a letra duma irrealidade que corre nas veias da vida.
Mas eu hoje não vou tocar o despertador nos meus olhos. Lhes vou deixar assim a ver num enevoado sono reparador.

Sanzalando

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