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11 de abril de 2009

apenas quero o sonho

Quero porque sonho, porque imagino, porque vivo. E por viver até parece que recordo. Não me importo o tempo do verbo. Na verdade eu nem sei definir o sonho. Apenas sei é mesmo que tu estás por aí, às vezes tão perto, outras tão longe, que às vezes penso que eu poderei tocar-te e outras que me repulsas com um íman no mesmo pólo.
As minhas mãos entrelaçadas atrás das costas parecem que te sentem vaguear pelo meu cérebro como que numa carícia interior. Eu sei que isto é um sonho. Como eu lhes posso definir? Palavras? Não as conheço. Tintas e pincéis? Me falta talento. Portanto quero porque sonho, porque imagino e porque vivo.
Flor de pitangueira, rosa de porcelana, terra molhada, versos duma balada sonhada tocada num martelar suave nas teclas dum piano que não tenho, de ouvido surdo e desmemoria auditiva.
Apenas quero o sonho!

Sanzalando

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