Me sento por aqui, num qualquer canto onde possa olhar o zulmarinho, onde lhe possa beber a calma que lhe vejo num preguiçar incapaz até de fazer uma ondinha. Me distraio nos reflexos como se tentasse adivinhar qual o que me vai fazer de flach, perdidamente me embalo nos sonhos de estar aqui e num quase te peço para me mentires, para que me escondas a verdade de não queres saber de mim faz tempo. Mais uns dias e deixa-me sonhar-te como se fosse um idiota, usar as tuas mentais recordações para me fortalecer a alma. Dá-me mais uns dias para eu fingir que vou procurar o teu corpo quente numa qualquer manhã de cacimbo, massajar a minha debilidade desta eterna paixão. Dá-me umas quantas horas mais como se eu fosse um condenado para poder imaginar-me calcorrear-te como num caminho de loucura.
Deixa-me olhar-te, trocar o meu sorriso num beijo teu. Deixa-me, dá-me tempo. Imploro-te um olhar, um sinal. Troco tudo por um beijo teu.
Não passo dum idiota que salta mal tu mexes um braço, mal tu esboças um sorriso, mal tu, distraidamente, atiras o olhar para este lado. Mas dá-me um tempo para eu fechar a caixa das recordações.
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