Se eu pudesse levitar, deixava-me ir para além do meu olhar. Não sei que horas são, apenas sei que estou aqui dedilhando um desafinado piano imaginário e com umas ganas de deixar-me levar num por aí fora.
Sei que não te consigo explicar, é preciso viver-se na pele, sentir todos os sentidos como se um monitor cardíaco nos registasse o ritmo.
Se eu pudesse levitar, dava gritos de liberdade, até que a minha cabeça, atormentada, desse com um lugar que fosse o dela.
Se eu pudesse levitar, estou certo, perdia o medo e atirava-me por ti.
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