Sentado de olhos no zulmarinho, abrigado da brisa que sopra forte como que a me dizer que o Verão não é quando um homem quer, enrolado no meu próprio corpo como que a esconder-me da minha tristeza, braços cruzados como a tentar sufocar tanta nostalgia e com vontade de gritar que estou farto que o meu coração esteja constantemente a pensar em ti e a minha cabeça pulse vontade de viver outra vida que não a minha.
Tantas horas que não me sais da cabeça que às vezes até parece que tu és a minha cabeça a bater num desritmado ritmo afagado nos ais e uis duma relação que te senta agarrar a uma bóia furada dum qualquer naufrágio.
Tantas horas de coração a sonhar-te com paixão.
Porquê?
Os olhos fixados na tua imagem que sei de cor invento novelas sem cor que não a transparência das lágrimas.
Um dia vai ser necessário dizer basta. Ou tu ou eu o vai dizer. Ou não!
Seja como for, um dia vou curar-me de ti. Nem que seja vou um dia. Não vou pensar-te. Nem fumar-te no ar que respiro. Nem beber-te na imaginação. Sofrerei do síndrome de abstinência? Desconsigo por adivinhação.
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