Nesta hora do fim da tarde se alguém me está a espreitar deve pensar eu enloquei de vez. O zulmarinho está ali, calado, pachorrento parece é uma lagoa dum ribeiro qualquer, e eu aqui a cantarolar uma velha canção do estilo Giro flé flé flá. Logo eu que naqueles tempos não só odiava essa música como também ainda hoje lhe acho de atraso mortal. Mas eu acho tenho uma qualquer explicação assim escondida num debrum dum sótão que qualquer dia eu lhe vou descobrir. Tentemos: regressar ao estado volátil da infância, ao tempo das coisas fáceis para mim mesmo que ao meu lado estivesse o esforço do Hércules. Hum… não me é habitual viver essas vivências, já que sempre eu vi cor de rosa tipo coração quando contava ver as princesas dos meus sonhos. Por aqui não vou lá.
Ora bem, será que agora é tudo tão igual que para ser diferente eu tenho que regredir em mim?
Não sei. Acho melhor arranjar algo mais útil para fazer num fim de tarde tão bonito que nem este do que estar para aqui a ressuscitar ideias e pescar sortes onde as sortes não abundam.
Sei lá. A gente pensa e depois fica no enrolanço das ideias e quer explicar o que não tem explicação.
Vá lá que não me deu para pensar numa equação elevada à segunda potência. É assim que se diz, não era?
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