Parei no tempo que não parou e me deixei ultrapassar pela vida que não deu descanso nem esperou eu ver que estava parado.
Olhei o mar e não vi o sal que ele tinha das minhas lágrimas nem as ondas que ele fazia na minha vista até lá para longe.
Me sentei na sombra da memória e escaldei as costas que ficaram viradas para o vento leste.
Adormeci na esperança que um dia um pássaro me viria comer à mão e acordei enrugado no tempo salgado esquecido de ver-me.
Mas um dia eu vou recuperar o tempo, ver o mar na sua transparência e ver as memórias como realidade.
Um dia, ainda irei a tempo!
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