Caminho pelos caminhos que normalmente me levam a lado nenhum. Apenas ando num vaguear para não estar parado. Olho com quem me cruzo e imagino cenas dum cinema virtual. Olho para cenários reais dum qualquer desenho animado que imagino. Assim vagueio num gastar de tempo. Hoje vagueava e me dei conta, num instante qualquer, que estava só. Apenasmente só! Literalmente também. Parecia que o mundo girava em câmara lenta e que todos os fardos me caiam nos ombros. A sobrecarga me atolava no em mim mesmo, como se esta fosse uma só palavra, emmimmesmo.
Continuei andando e o tempo enevoado e abafado me fazia transpirar como se eu fosse uma qualquer fonte. Já não sei é porque eu tremia ao ver-me sozinho, único no mundo, que não no mundo que queria. Limpei-me, sacudi a roupa como se tivesse caído num buraco qualquer. Olhei À volta e gritei um grito surdo de silêncio.
Não parei até chegar a porto seguro, o verdadeiro lado nenhum. Aquele onde estou.
Sem comentários:
Enviar um comentário