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16 de setembro de 2010

posso voar

Eu sei que consigo voar mesmo que nunca tenha visto as minhas asas. Contemplo-me e me deixo seguir no espaço ilimitado da imaginação.
Na verdade, passamos metade da nossa vida a tentar ser diferente dos outros. Daqueles que criticamos por criticar, dos que rimos somente porque são melhores que nós e de todos os outros outros, pelo que às vezes esquecemos a nossa própria identidade.
Mas eu consigo voar e pouco me importa que os outros o consigam ou não. É deles o problema. O meu, se calhar, é que além de voar eu passo muito tempo a olhar para trás. Mas é lá para trás que encontro os motivos que me empurram para a frente.
Me interessa é que eu consigo voar. E às vezes voando eu dou um abraço colorido num amigo e lhe faço feliz. Voei.
Posso mudar a paisagem, posso pintar palavras e frases soltas e posso voar para lá da minha imaginação. Que quero eu mais se não do mesmo de sempre?


Sanzalando

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