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4 de setembro de 2010

Me escrevo uma carta aberta

Deixei passar o Agosto para te me escrever esta carta. Não lha vou fechar porque entre nós não existem segredos e os nossos medos afinal são conhecidos, pelo que assim não tem maka se alguém quiser usar estas palavras para outro fim que não o que eu imaginei para te me dizer como as coisas vão mal entre nós.
Tás armado em estrela ou quê? Paraste assim de escrever os teus colóquios introspectivos duma pessoa só. Nem uma satisfação, explicação ou letras de encher. Não te me apetece escrever, assume e escarrapacha aqui que é isso e pronto. Não tens assunto? Inventa que eu já te me vi fazer floreados de 50 palavras para dizer saudade. Tás ocupado e resolveste descansar? Ok, diz. Não custa nada. Estás triste e chateado porque as coisas afinal não são assim como imaginas na tua nossa realidade virtual? Quando é que a realidade é igual ao que vivemos? Te me aguenta, chora e usa as lágrimas para escrever. Não és artista para ter esse estatuto de desaparecer e voltar quando bem te me apetece. Tens de estar aqui todos os dias que nem relógio. Mesmo que não seja para dizer que não vens. Te me dói a alma? Ouve a canção que diz que encosta-te a mim e coisas e tal. Estás com saudades do zulmarinho que termina aqui e começa lá onde te enterraste na placenta? Te me solta e voa que nem pássaro e esquece estes momentos de choro e dor.
Só agora me lembrei que não me apetece terminar esta carta hoje, pelo que te me vou dizer até já e voltarei assim me apeteça.


Sanzalando

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