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22 de setembro de 2010

delírios do sul

Vou-me deixando embalar na sonolência duma tarde que nem é quente nem fria, antes pelo contrário. Carrego baterias nos meus sonhos quando penso que tudo está perdido. Procuro uma luz na imaginação quando a realidade está escurecida.
Banhando-me de sol, como que a lavar-me das consciências pesadas, deixo-me ir ao encontro do fim de tarde à espera do sossego da alma que chega com o anoitecer.
Um dia, quando eu acordar num acordar desperto, encontrar o cacimbo que se levanta e me cruzar com uma calema, eu sei que os sonhos vão virar outra vez apenas sonhos, que a escuridão vai ser só um dormir dos justos e o silêncio um reencontro de mim com a minha alma.

Sanzalando

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