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17 de setembro de 2010

mente-me mente

Alguém me enganou quando me disse que que a mente se alimenta de ordem. Me tentei ordenar e saiu nada, confusão de ideias em mistura de raivas e ódios. A minha mente não é uma máquina complexa. Qualquer desorganização e ela está quase perfeita. Pouco importa se consigo dormir. Pouco interessa se riu ou choro. Desvaloriza-se que projecte o amanhã. Interessa é que esteja numa amálgama de sobrepostas ideias.
Uma vez li que alguém tinha dito que não se deve fazer o que não se compreende. Nunca mais fiz nada. Tento ordenar-me e desconsigo fazer outra coisa... obsessivamente.
Não sou uma marionete de feira barata nem um papel esvoaçando ao vento como lixo perdido na utilidade.
A minha mente, desorganizadamente atípica, é a harmonia dos céus em dia de trovoada, de tempestades e de ventos ciclónicos.
O que vale é que o meu céu é a minha abstracta mente que me leva para lá do que os olhos vêem e para cá do que o coração sente.


Sanzalando

1 comentário:

  1. Fiquei mais confusa ainda, que a minha mente é absurdamente confusa, sempre e este texto, jesus, maria...
    Achei sublime os dois últimos parágrafos, poeta.
    Bem haja.
    Abraços

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