Dói-me a cabeça como um latejar ritmado duma martelada com cadência certa. Aproveito os intervalos para sorrir como que a descansar, para rever um passado de passado faz mais que tempo que só lhe tenho na memória com riscos e bolinhas parece é uma camisa de mil flores e uma calças à boca de sino. Mas o raio da dor de cabeça não pára de me azucrinar o cérebro ao ponto que eu já não conheço as formas, já não visualizo para lá do daqui a pouco e a cegueira desta dor surda não pára de me atormentar. Ai, vou-me tornar impermeável, seco de sentimentos e frio de carinhos , e assim não me atormentará mais esta dor de cabeça.
Dói-me a cabeça, deve ser dalgum problema por resolver. Tantos ficaram por o fazer, porque será que um me atormenta assim tanto?
Vou usar um turbante, enrolar a dor e afogá-la no seu próprio ar.
Afinal de contas, vou tomar qualquer coisa, porque esta dor de cabeça deve ser indicador de qualquer coisa sem importância, um reflexo interno dalguma coisa externa, até a mim. Deve ser uma desordem emocional dum objectivo consciente e natural.
Afinal de contas, que mais sou que não um outro qualquer, com qualidades e defeitos?
Sanzalando
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