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25 de outubro de 2010

estrangeiradamente calado

Eram pouco depois das sete daqui, ainda eram seis por ai, e estava a conhecer os cantos da casa. Em estrangeiro, é claro. E eu pedia, segundo a segundo, mais devagar por favor. Agora é hora de trabalhar. Vai fazer o que aqui vieste fazer. Silenciosamente, porque não domino o estrangeiro e antes calado do que asneirento. Não tenho tradutor. Canso-me mais e, mais consigo chegar longe se for devagar. Comecei bem o dia. A primeira correu bem e houve um abraço no fim. Pausa e paro para pensar. Que faço eu aqui tão longe e tão perto. Volto a ter que falar e agora tenho tradutor que me traduz para um estrangeiro que não domino mas arranho. Ok, é para avançar. Silenciosamente e o silêncio se contagia nos que me rodeiam. Faço gestos simples e assim nos vamos entendendo. 3 horas num bip bip de silêncios. Terminou. Não consigo saber se estou satisfeito ou não. Acho só amanhã eu vou ficar a saber. 
Agora vou beber uma birra, deixar a cabeça arrefecer e se ela quiser navegar por mares a norte daqui que navegue. Eu não lhe vou levar até lá. 
Alguém fala o que eu entendo. Pergunto donde e palavra puxa palavra ainda somos parentes de parentes conhecidos. Duas birras depois dizemos adeus e até breve num atré breve que pode durar outra eternidade como demorou esta a acontecer. Promessas...
Deito a cabeça na almofada e vou viajar para lá da imaginação, para além donde os sonhos não dormem.

Sanzalando

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