Por aqui vou num caminhar ininterrupto. Ali acima, como quem olha num mapa, estás tu. Mas eu não te consigo alcançar. Me falta tempo, me falta um pouco de vontade e tenho a mais um pouco de vaidade ou teimosia. Areia tenho muita, mar nenhum que está longe e não me chega aqui o sabor salgado da maresia. Me disseram choveu faz pouco tempo e me custa acreditar. Acho aqui não choveu nunca, desde a criação do mundo. Mas também não é isso que é importante. Aqui é assim e ponto final que eu não estou aqui para mudar o mundo tal qual ele é. Tomara eu conseguisse mudar o meu e dar o saltito pequenino e te chegar num instante depois voltava e não ofendia a minha vaidade nem ofuscava a minha teimosia.
Não. Eu vim aqui para estar aqui e é aqui que eu vou ficar. Teimosamente como sempre o foste para mim. Orgulhosamente teimoso como aprendi a ser contigo.
Tiver eu tempo e vou ver o mar. Frio como o mar que te banha. Mas ver não magoa ninguém e o mar deve dizer-me mais segredos por tão perto que te está.
Amanhã vou bulir, devagarinho que os 34 graus não deve dar para mais, e não vou pensar em ti. Penso eu que sou teimosamente orgulhoso.
Hoje sou carcamano e ninguém sabe de mim.
Sanzalando
boa viagem.
ResponderEliminarUm texto quase diário, quase,quase poemático.
ResponderEliminarGostei.
Abraço