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6 de dezembro de 2013

dança do tempo

Saltito pé ante pé como se estivesse a dançar uma música que só eu estou a ouvir. Ao mesmo tempo que a invento, entenda-se, porque de música eu sou completamente surdo e analfabeto. Mas lá vou, algumas vezes um pé no passeio e outro na estrada, parece eu sou rei duma festa de mim. Quem me vir vai pensar eu estou perdido. Na verdade eu vou perdendo mas não me acho perdido. Mas se alguém pensou eu ia ficar quietinho a ver o tempo gastar-se, que eu me ia render à evidência da provecta idade que ainda não tenho, pode pôr mesmo o cavalinho do carrossel na garagem porque nem ferido eu estou e ainda tenho idade de aproveitar o que acho eu mereço, do melhor ao pior.
Mas saltito ao som da minha música e não preciso destrancar portas nem arrombar memórias para saber que prometi amar mil anos e que ainda faltam novecentos e alguns, pelo que posso jogar fora alguns, aproveitar outras chances e continuar sorrindo, porque a vida passa, o tempo diminui e eu continuo saltitando ao deus dará.
Mas saltitas mais porquê?
É que lá no fundo, bem no fundo onde ninguém conseguiu chegar, por falta de paciência ou porque sim, eu encontrei qualidades.


Sanzalando

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