Podia ter arriscado mais, amado mais e chorado menos. Podia ter até errado mais. Podia ter pedido ajuda a anjos e Arcanjos. Mas fiquei a olhar o pôr do sol e a ver o dia cair. Podia ter aceitado a vida como é, a alegria e a tristeza em quanto baste.
Podia ter complicado menos.
Podia...
Mas caminhando na estrada reparei numa pedra da calçada que estava solta e com jeito a atirei para canto. Era só uma pedra, pensei. Esqueci-a como se ela fosse uma desimportância total da minha vida. Esqueci-a.
Um dia, passando no mesmo sítio, reparei que ali estava uma verdadeira caratera. Afinal de contas, a esquecida pedra da calçada que atirei para canto, não era só uma pedra.
Agarrei em palavras e vi que se tivesse construído frases de sujeito, verbo e complementos a eternidade teria durado mais e não pediria mais do que eu poderia ter dado.
Podia ter arrumado a pedra na calçada e hoje não teria de me desviar da caratera que ficou no meu caminho.
Sanzalando
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