Olho para a página em branco e digo-me é hoje que vou escrever como é que deve ser. Escrever sério e que tenha gente que vai entender o meu engatilhar de palavras sem imaginar eu enlouquei ou me perdi no labirinto da imaginação. Vou escrever palavras como quem vai desenhar um quadro.
Penso na ideia. Rebusco sonhos. E a mona continua lisa, sem saber qual a primeira palavra que devo escrever.
Sai-me um grito. Desespero. Não há anunciação de estória, tema ou coisa que o valha.
Abstraio-me. Abstracto. Substrato. Nada.
Flores. Girassois.
Ficam apenas palavras simples na folha de papel em branco.
Ainda não é hoje que vou escrever sério, assim num modo de dizer coisas que valham a pena. Infância. Nada. Branco continuo.
Perdi as palavras, apaguei os sonhos e fica a ideia com a intenção.
Sanzalando
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