Deixo o sol torrar-me o corpo e deixo a brisa refrescar-me. Caminho ao longo do zulmarinho, umas vezes com o sol de frente, outras pelas costas. Permaneço em silêncio enquanto ouço-me cantarolar um mantra que acabei de inventar. Aos poucos me perco do mundo e não sei se lhe deixo alguma coisa. A minha mente voa e não sei onde vai cair, o céu é o limite e o sul o horizonte. A minha pele escamada pelo sol e perfumada por maresia parece segue o pensamento e me vai deixando lentamente. Ultrapassei espinhos, saltei barreiras e chorei tristezas. Num segundo, que foi a eternidade que consegui largar-me do mundo.
Uma onda me acordou e com isso aprendi que a minha vida tem um chão e vivo-a no chão que estou.
Sanzalando
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