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21 de maio de 2019

primavera que não sorri

Indecisa primavera que não me deixas tomar balanço para o que quer que seja. Com esta instabilidade termal já me chego a culpar de não gargalhar na alegria, de gargalhar sobre a tristeza, de estar à porta do abismo e depois voltar atrás com medo de dar o passo em frente. Mas não chove para acabar comigo feito diluido; se sou 70% feito de água, uma boa chuvada ia diluir o resto, acho eu.
Com este tempo já gritei até perder a voz, já chorei até secar os olhos, já pulei até romper os músculos. Já é tempo de ter tempo para contemplar o zulmarinho e toda a sua energia.
Com este tempo já gastei os meus sonhos e tenho que me socorrer da realidade que é crua e dura, quando o que eu gosto é de morar na comodidade da casa dos meus sonhos.
Com este tempo preciso ter coragem para sorrir. Sempre


Sanzalando

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