Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
O meu café diário VII 16-02-2004 19:36 Forum: Conversas de Café
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Num tem palavras para dizer. Café que está outra vez maio vazio, mas esplanada que dá para os interiores tem cada vez mais que gente que até abriu balcão que chama Café Nicola. Felizmente que ali num tem empregados, mas que num é que nem precisa? Café está alo para ser servido por eles mesmo - cliente que num percebe caté estranha. Tem música da boa mesmo boa. O Pulseira na perna que num passa neste café só se for obrigado e a menina da muita maquilhagem que parece quem tem máscara na cara e num gosta de café nem de fumo, só bebe Chá de Caxinde que trás com ela mesmo, e agora com mais uns ás volta da mesa e num gira-disco vão pondo discos atrás de discos e discutir a qualidade do altamente qualificado (esta saiu bem). Num cantinho, semi-escondindo estão dois marmelos a pôr a música do MNF, que diz falta a música da família dos Nóbregas, e tem um que não compreende como se não gosta dessa música. Noutra mesa ainda se está a falar de Cabinda e noutra se fala do preconceito racial, mas de modo racional que parece que tem moderador a comandar as operação. Vais que ver um dia fecham este café para ampliar a esplanada, e lá vou eu para o desemprego de aguçar o apetite. Tem gente que gosta desta mesa e se fica por aqui a contar estórias para criança entender, que parece mesmo mestre João de Deus, nos tempos modernos. Tem uma mesa que num está muito concorrida mas tem quem vai ouvir que fala naqueles que não são eles e naquelas que não são elas. Tem ainda quem não entende. Mas eles explicam tudo direitinho mesmo.
Comecei a falar e esqueci de pedir o meu café com açúcar mesmo que não gosto dessas coisas que parece que imitam.
Carlos Carranca
O meu café diário VII 16-02-2004 19:36 Forum: Conversas de Café
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Num tem palavras para dizer. Café que está outra vez maio vazio, mas esplanada que dá para os interiores tem cada vez mais que gente que até abriu balcão que chama Café Nicola. Felizmente que ali num tem empregados, mas que num é que nem precisa? Café está alo para ser servido por eles mesmo - cliente que num percebe caté estranha. Tem música da boa mesmo boa. O Pulseira na perna que num passa neste café só se for obrigado e a menina da muita maquilhagem que parece quem tem máscara na cara e num gosta de café nem de fumo, só bebe Chá de Caxinde que trás com ela mesmo, e agora com mais uns ás volta da mesa e num gira-disco vão pondo discos atrás de discos e discutir a qualidade do altamente qualificado (esta saiu bem). Num cantinho, semi-escondindo estão dois marmelos a pôr a música do MNF, que diz falta a música da família dos Nóbregas, e tem um que não compreende como se não gosta dessa música. Noutra mesa ainda se está a falar de Cabinda e noutra se fala do preconceito racial, mas de modo racional que parece que tem moderador a comandar as operação. Vais que ver um dia fecham este café para ampliar a esplanada, e lá vou eu para o desemprego de aguçar o apetite. Tem gente que gosta desta mesa e se fica por aqui a contar estórias para criança entender, que parece mesmo mestre João de Deus, nos tempos modernos. Tem uma mesa que num está muito concorrida mas tem quem vai ouvir que fala naqueles que não são eles e naquelas que não são elas. Tem ainda quem não entende. Mas eles explicam tudo direitinho mesmo.
Comecei a falar e esqueci de pedir o meu café com açúcar mesmo que não gosto dessas coisas que parece que imitam.
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