SOBRE CONSTATAÇÕES
Forçosamente, eu tenho que reconhecer que a cada dia que passa tudo se vai apagando lentamente do meu pensamento, qual chama em dia de vento. O zulmarinho calmo e sereno olha-me com carinho parecendo pedir que lhe entre por ele dentro, que o possua e navegue até além do mar, até ao início dele. Daqui a pouco eu já estarei curado e o sítio vai ser só uma lenda, um trauma, uma leva de posts arquivados, umas fotos, duas dúzias de e-mails que eu talvez até apague e as amizades ganhas.
Forçosamente, eu tenho que reconhecer que a cada dia que passa tudo se vai apagando lentamente do meu pensamento, qual chama em dia de vento. O zulmarinho calmo e sereno olha-me com carinho parecendo pedir que lhe entre por ele dentro, que o possua e navegue até além do mar, até ao início dele. Daqui a pouco eu já estarei curado e o sítio vai ser só uma lenda, um trauma, uma leva de posts arquivados, umas fotos, duas dúzias de e-mails que eu talvez até apague e as amizades ganhas.
Mas mesmo aqui continuarei nas birras geladas, faça sol ou chova.
Nunca mais vou sair magoado porque não estarei metido em polémicas sobre coisa nenhuma, sobre coisas sem valor, porque não terei que estar a levar com cartuchos de papel pardo quando não quero levar nada nas mãos, porque não tenho que ser professor quando queria ser apenas aluno, porque aprendi a aprender por outros caminhos. Nada, absolutamente nada, do que alguém disser vai me magoar, porque qualquer impropério que sair da uma boca soará como um ventinho de fim de tarde, que nem sequer desalinhará os meus cabelos, apagará o meu isqueiro, obrigar-me-á a fechar os olhos pela poeira seca que não vai levantar.
Mesmo sofrendo, a cada queda eu torno-me mais forte. Tenho orgulho de todas as minhas cicatrizes.
Nunca mais vou sair magoado porque não estarei metido em polémicas sobre coisa nenhuma, sobre coisas sem valor, porque não terei que estar a levar com cartuchos de papel pardo quando não quero levar nada nas mãos, porque não tenho que ser professor quando queria ser apenas aluno, porque aprendi a aprender por outros caminhos. Nada, absolutamente nada, do que alguém disser vai me magoar, porque qualquer impropério que sair da uma boca soará como um ventinho de fim de tarde, que nem sequer desalinhará os meus cabelos, apagará o meu isqueiro, obrigar-me-á a fechar os olhos pela poeira seca que não vai levantar.
Mesmo sofrendo, a cada queda eu torno-me mais forte. Tenho orgulho de todas as minhas cicatrizes.
Paga aí mais uma outra bem geladinha que o calor aperta.
Sanzalando em AngolaCarlos Carranca
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