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15 de julho de 2005

Salpicos do zulmarinho


Acabei de chegar ao zulmarinho. Uns querem que o zulmarinho seja isto, outros aquilo. O zulmarinho é ele mesmo que termina aqui e começa lá. Tudo o resto é imaginação. No poder de ter capacidade imaginativa estão os avilos, cambas e mermão. Esses têm capacidade. As fãs têm capacidades. Outros, uns tantos, nem para o insulto têm capacidade. Uns tantos, poucos, mas por sinal irritantes quanto baste para, numa linguagem enjoativa, repetitiva e demasiado consultiva, porém nunca construtiva, irem afastando os mensageiros e as mensagens ricas de imaginação, cultas e que falavam do solo sagrado da terra que os viu nascer.
Apetece-me perguntar, a esses tantos que são afinal poucos, a que horas vão cortar o bolo e beber o champanhe? É que a esta hora a festa deve estar quase no fim. Já se comeu e bebeu para aí por uns seis meses. A dança já foi dançada mais que outra meia dúzia de vezes, não tendo ficado ninguém sentado no salão a descansar os pés. A decoração já está murcha, vendo-se as marcas da deterioração.
Digam lá quando querem cortar a porcaria do bolo?
Bebo mais uma birra geladinha com os olhos salpicados dos salpicos salgados do zulmarinho.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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