Sanzalando em AngolaAté pró-ano!
Como devem saber, todos aqueles que se preocupam mais em fazer-me um exame psicológico em vez de lerem apenas o que escrevo, nunca fui muito fã de festas. Do Natal, gostei enquanto fui criança, não por ser o dia do nascimento e dessas coisas e tal, mas por ser o dia em que se jantava mais tarde e se abriam prendas que, na maioria das vezes lá em casa, era roupa. Roupa de Domingo. Nesse tempo era um sacrifício viver o dia seguinte. Ver os brinquedos, as camionetas com guinchos, as bicicletes, os carros a pedal, dos vizinhos e oolhar-me ao espelho ver-me vestido ainda com goma. Já o Ano Novo pouco ou nada me entusiasmou. Aliás, sempre me deixou deprimido.Acho válidas todas as comemorações, todas as festas, acho bonito ver todo mundo vestido de roupas especiais conforme as cerimónias. Mas ter que participar nelas por ‘obrigação’ é arrepiante.Mas, falando da passagem do ano, ver a azafama do passar das horas até às ditas badaladas deixa-me em baixo. O facto é que este dia não tem muito sentido para mim. Não sei se a culpa é do Gregório, já que o calendário actual foi promulgado pelo Papa Gregório XIII a 24 de Fevereiro do ano 1582 para substituir o calendário juliano, que fora instituído por Júlio César no ano 46 a.C., segundo as indicações do astrónomo alexandrino Sosígenes, tendo vigorado por 1600 anos. Pelo que me ‘cheira’ a artificialidade. Parece haver uma conspiração para obrigar todos a serem felizes e esfuziantes nesta data, e considero este movimento um tanto forçado.Tenho para mim que o ano só muda de verdade no dia do nosso aniversário, quando realmente mais um ano terá passado em nossas vidas. Sendo assim, eu, que nasci em 28 de Outubro, estou em finais de Fevereiro, no meu calendário cronológico.Não faço as clássicas ‘promessas de fim-de-ano’, aquelas que se fazem, mesmo sabendo que não poderemos cumprir. Pelo menos, não planeio coisas impossíveis, ou que não estejam dentro de condições de viabilidade rápida.Fico, portanto, comprometido apenas com os pequenos sonhos do dia-a-dia, pois dessas pequenas realizações quotidianas é que se derivam as alegrias mais puras. Posso dispor-me a ler um livro, assistir a um filme, ou a uma peça de teatro, ou a conhecer um lugar novo. Isso, com certeza, ir-me-á proporcionar um enorme prazer, pois está dentro das coisas que gosto e que fazem meus dias melhores, mais ricos, mais alegres.Talvez o segredo da felicidade seja não a querer encontrá-la sempre, e em coisas distantes. Talvez seja não prometer a mim próprio coisas inatingíveis, o que gera frustrações e faz nossa vida andar três casas para trás, como em qualquer jogo da glória.Buscá-la no que há de mais simples vale mais a pena, porque traz mais resultados positivos. E, de momento em momento, vai-se construindo um ano ou uma vida de felicidades, como numa colagem de episódios memoráveis.É certo olhar para o futuro e desejar que ele seja melhor. Mas para que AQUELE sonhado futuro chegue, ainda é preciso viver aquele “futurinho” que está logo ali adiante, daqui a um minuto, no virar daquele instante.
Por isso eu desejo a todos os amigos que conheci este ano, através deste site/blog*, que em 2006 vivam e aproveitem cada um de seus minutos, produzindo seus futuros da melhor forma possível. Tenham um Feliz Ano Novo e até o ano que vem!
Carlos Carranca
Com um grande abraço amigo te desejo um esplêndido ano novo!
ResponderEliminarSaudades
De qualquer modo, desejo de um ano novo cheio de tudo o que mais desejar, e continuação de mais um ano de vida cheio de saúde e outras coisas...que agora não digo.
ResponderEliminarMiranda
Obrigado e já estamos em 2006
ResponderEliminarTens toda a razão..a vida é feita de pequenas coisas..que nós vão abrindo o caminho para o futuro. Nas é o passado que fica registado...o futuro é uma incognita. Mas a vida é assim mesmo, daí a importância da família e dos amigos, por mais diferentes que eles sejam e mesmo que não estejam ao nosso lado.
ResponderEliminarBons sonhos e um Feliz Ano.
Tens toda a razão..a vida é feita de pequenas coisas..que nós vão abrindo o caminho para o futuro. Nas é o passado que fica registado...o futuro é uma incognita. Mas a vida é assim mesmo, daí a importância da família e dos amigos, por mais diferentes que eles sejam e mesmo que não estejam ao nosso lado.
ResponderEliminarBons sonhos e um Feliz Ano.