recomeça o futuro sem esquecer o passado

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23 de dezembro de 2006

Balanço anual 2


Me lembrei da casa, das conquistas passo a passo, dos valores que lhe dou. O meu refúgio aconchegante e embalador dos meus sonhos. Desejo-lhe deixar para trás. Adiado para brevemente. Outra casa se ergue nos meus sonhos, outro ar se respirará, outro perfume se sentirá, outra luz de dia, outras estrelas a iluminarão. Mas adiante.
Como num álbum vi passar na minha frente a família. Um a um. Eu me sinto que nem um privilegiado de ter uma família que nem a que eu tenho. Sempre me demonstrou, nos grandes ou pequenos gestos o quanto me gostam, o quanto me querem. Sei que esteja onde eu estiver, seja a que horas forem, eles estão comigo. Como sabem que eu estou com eles. Lhes trago sempre neste imparável pensamento de futuro.
De repente vi que tinha tudo o que queria. Nada me falta. Posso ser feliz! Quase. Falta só mesmo o quase.
Parece mesmo caiu uma estrela do céu a me dizer que falta só o quase. Falta completar o coração. Meu corpo estremeceu. Um arrepio que te transmiti. Até o zulmarinho mandou uma onda mais alta como que a querer me agarrar e dizer: quase.
Foi aqui que senti o que faltava mesmo. Faltava o início do zulmarinho. Sim, ainda afinal estou no final do zulmarinho.
Gargalhei e tu me olhas assim com ar de espanto, como que a pensar que ele quase podia ser feliz e ainda gargalha?
É! Tá na tua cara esse filme interrogatório. Mas não doidei ainda.
Basta-me acordar e dizer bom dia, no lado de lá. Vês que é simples?
O quase é um adiado breve. Acho parece mesmo fachada de cinema: brevemente.

Te olhei nos olhos e percebi que tu precisavas de receber um carinho. Te levo comigo nesse brevemente breve.


Sanzalando

2 comentários:

  1. Já que não cnsigo de outra maneira, sirvo-me desta para te dizer que já não dispenso a minha leitura diária...
    beijos

    TT

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