recomeça o futuro sem esquecer o passado

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12 de dezembro de 2006

Os dias


Caminho neste zulmarinho carregando o peso de agasalhos, tilintando de medos e frios Os dias passam lentos e eu me fundo nesse ritmo suave com as minhas confusões mentais, virtuais, existenciais e outras palavras tais.
Os dias são desgarrados uns dos outros, mas ao mesmo tempo consolidam-me.
Dias há que são só imagens e palavras que se perdem na intrincada rede da minha viagem intergalática, do meu mundo da lua. E num momento inesperado eis que os dias se repetem, exactamente iguais.
Nessa acumulação de dias, que formaram o meu passado e formam o meu presente, separados por ilusões, sonhos e fantasias, se unem para formar o meu futuro, esse tempo ainda inexistente.
Afinal de contas sou um templo de sonhos, ideias, esperanças, que se misturam, numa vida em movimento, inconstante, agitado.
Não imaginam o que é estar metido em guerra de mundos tão diferentes, como os mundos que eu sou.
Caminho com medo de estar parado.


Sanzalando

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