recomeça o futuro sem esquecer o passado

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26 de março de 2007

Afinal ainda é hoje que te falo

- Oi, tenta!
dizes-me tu com vontade de me ouvir.
- Nem oito nem oitenta…
te respondo eu com vontade de estar calado.
- Sábado, Domingo e Segunda sem dizeres nada?!
Eu sei que te habituei mal, penso cá para mim… mas na verdade aproveitei estes dias para ir dar um abraço amigo aos amigos, dar-lhes a minha voz ao vivo e a cores sem ter decorado nenhum discurso de circunstância.
Assim, fui calcorreando terras, distribuindo palavras, apertando abraços.
Fui, sem pressas nem hora marcada. Simplesmente indo!
Agora chego, alma tranquila, mente aberta e corpo cansado e tu ainda queres que eu te conte uma estória que mesmo que não tenha acontecido não deixa de ser verdadeira? Deves estar a brincar comigo…
- Vã lá, uma palavra só – dizes-me tu com voz doce de quem a trabalhou para estas ocasiões.
Na verdade, para surpresa minha, inibe-me ir interromper este meu silêncio com palavras soltas atiradas ao acaso.
- Olha, te vou falar mesmo uma estorinha verdadeira. Tem aí um blogger, Estados Gerais, que não sei por carga de água, um dia descobriu que eu existia nestas estórias de além e àquem mar. Hoje fiquei a saber que tanto eu como ele somes de carne e osso. Estivemos uns minutos, que o tempo era mesmo só uma passagem, num frente a frente. E sabes que mais? Gostei mesmo de lhe ter conhecido e com vontade de um dia combinar com ele e estar mais tempo num blá-blá de raízes que passam das simples palavras aos altos pensamentos. Tas a ver, assim como as cerejas.
Prontos, outros dias virão…

Sanzalando

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