Aproveitaste o tempo para pensar que nada nasce do nada? Então, continuemos a nossa caminhada, assim como assim os passos são para gastar e não vale a pena estar a olhar para nada, quando há tanto que podemos ver.
Porquê mesmo temos de ter resposta para todas as perguntas?
Quando um homem encontra uma mulher, quando uma mulher encontra um homem, é porque os dois se estavam à procura. Por solidariedade, por saudade, dor ou por quererem insuflar de oxigénio as suas vidas.
Mas porque é que temos de ter uma causa e o respectivo efeito?
A casualidade não existe e nada acontece por coincidência.
Ouve o marulhar, sente a maresia, apalpa a solidão de estarmos aqui calcorreando esta areia das mil cores e te pergunta se é por acaso que aqui estamos? Calhou nos encontrarmos aqui? Desde quando tens vindo a aproximar-te, desde quando eu esperava que tu chegasses? Porque não seguiste outro rumo, não foste a outra praia, a outro mar? Porque pensas que eu me detive à espera que tu chegasses? Quantos passos deixei de dar para que te aproximasses? Quantas palavras calei para as falar quando tu as ouvisses?
Coincidências?
Não!
O somatório das nossas vidas é que nos levou até aqui, cantinho de intimidade extrovertida na razão da nossa existência.
Poder abraçar-te com as minhas palavras, com a minha ternura afagar-te num despertar de ideias e pensamentos. Eu precisava falar e tu sofrias por não ouvir-me. Precisávamo-nos de despertar, de deixar de estar sós.
Já sei que me vais falar nas noites compridas, intermináveis, que nos atormentam, que nos fazem deitar lágrimas que dariam para encher o zulmarinho.
Essas noites existem por somatórios de negações que fazemos, medos que não exorcizamos, fantasmas que teimamos em alimentar.
Às vezes estamos sós porque não olhamos à volta, porque não fizemos aquela chamada, porque não demos aquele passo, não dissemos a primeira palavra, porque não construímos a ponte. Ninguém encontra o que não procura.
Sanzalando
Estar sózinho também pode ser opção..
ResponderEliminarSe calhar procurar demais também é errar.
T.T.
Às vezes olhamos à volta, fazemos aquela chamada, damos aquele passo, dizemos muitas palavras e construímos pontes para nos certificarmos da nossa solidão que antes da procura não existia.
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