Continuo sentado a olhar o zulmarinho com olhos de ver ao longe, deixando-me arrepiar pela brisa que de certo vem dum pólo qualquer antes de chegar aqui.
Água gelada, vento gelado.
Que é mesmo o que faço aqui? Faço enredos nas teias dos pensamentos.
Mas me dá paz olhar esse zulmarinho, me dá calor ver a minha história nas estórias que enredo e com a música do marulhar me envolvo na revivência da vida vivida.
Recordei nomes, caras e algumas emoções. Mas, como é da lógica, nenhum desses nomes é importante para a continuação da minha vida futura, mas reconheço que foram importantes nesse passado que não registo em nenhum álbum de fotografias, que não estão gravados em salvas de prata ou diários de um bordo de adolescência.
Na verdade não penso muito neles, alguns quase nunca, mas há dias assim, que chegam num repente e me dá a curiosidade de querer saber deles, que gostava apenas de os ver, que gostava de estar com eles e sem as conversas sérias que nunca tivemos.
Eu sei que me tenho tornado numa má pessoa, desnaturado, despreocupado, no que respeita às amizades. Simplesmente não lhes falo e às vezes me vão falhando os apelidos, às vezes os nomes e algumas vezes as caras.
Tudo isto porque ando muito ocupado comigo, só penso em mim e nos meus problemas, ou então não me apetece falar, ou quando vou tentar digo para mim que não vale a pena, que não há assunto para além do tudo bem e eu responder que sim e continuar numa banal conversa de vazio conteúdo, sendo certo que eu não gosto de encher os outros com os meus problemas e não estou com vontade de ouvir problemas mais em cima de mim. Reservei-me o direito de ser reservado. Distanciei-me e reservei-me, e isso faz de mim uma má pessoa em relação às amizades.
Na verdade, aqui, junto ao final do zulmarinho, ressalta-me o arrependimento, salpicam-me gotas dele que rolam pelos meus olhos abaixo.
Hoje vou-me levantar daqui e regar as flores do meu jardim
Sanzalando
Viva Carlos:
ResponderEliminarEstás a precisar de fazer uma reciclagem a esse teu espírito sob pena dele ficar empedernido.
Tal como num sotão, está na altura de lha dares uma arrumação, tirar as "teias de aranha" e outros "lixos" para que consigas arranjar espaço para arrumar e conservar o que merece ser arrumado e conservado.
O tempo urge... dá espaço á felicidade nesse "sotão".
Se precisares de ajuda nessa limpeza... sabes onde me encontrar.
Este é um "produto" que só se obtem através do velho processo usado na antiguidade, ou seja, por mera troca.
Um abraço,
que saudades eu tinha de te escrever... Do nome eu sei, mas como encontrar-te...
ResponderEliminarFinalmente ontem tive noticiase aqui estou Felicidades
T.T,
mnMeu caro Jota Cê:
ResponderEliminarNum dos teus albuns ( de Luanda ou Mussulo) vi uma chipala parecida com a do David. Será o Paulo ou o Luis?
Um abraço para ti, e sempre a ler-te com muito prazer.
Diamante
Sabes uma coisa...quando várias pessoas te dizem a mesma coisa...provavelmente elas têm razão..... talvez esteja na altura de dar "outros passos"....
ResponderEliminarBjs IR