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18 de janeiro de 2008

arqueologia do silêncio

Aqui estou, num dia que não me apetece falar.
É, não apetece nem abrir a boca para me dizer um olá. E se estiver numa onda de silêncio vou fazer mais o quê?
Pois, para não variar vou olhar no dentro de mim e ver-me na intimidade do silêncio.
Que é que vou encontrar?
Está-se mesmo a ver que mais não é que uma lagoa de água salgada. Grande que até parece tem marés.
Mas porque é que vou encontrar uma lagoa assim dentro de mim?
Por não saber, vou fazer de arqueólogo do meu silêncio e vou escavar as causas. Começando nas margens estou certo vou encontrar uma estratificação perfeita que não estando etiquetada não pode dizer-te assim no já a data da sua formação, mas se olhar na minha história eu vou encontrar a precisão de cada estrato, o ambiente de cada deformação.
E essa água como veio nascer aqui assim tão salgada?
Já sei, não lhe posso provar porque se misturaram, mas são lágrimas do meu choro por chorar.





Sanzalando

2 comentários:

  1. Escava lá as causas e verás que encontras a Pangéia adornada de welwitschias.
    Sabes? liiindo!
    SJB

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  2. Será ainda a água salgada das "enterras" passadas?

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