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15 de maio de 2013

azul tempo

Sopra vento que levanta areia até parece picos a bater nas perna desnudadas desta criança de calções que vagueia neste areal de zulmarinho como se o tempo não tivesse nem idade. Eu sei que quando for grande eu vou ser uma pessoa incrível, companheiro, amigo tudo o que possas imaginar, para o lado bonito da vida. Não vou ser um idiota desses que faz bater o coração e foge parece tem fogo. Vou fazer planos, muitos planos e cumprir um a um como se fossem um conjunto indivisível. E vou-te pedir sempre a opinião, é claro.
Sopra vento no tempo e, já crescido, sem direito de andar de calções parece mal, não tenho direito de nem reclamar por todos os estragos que já fiz e ainda faltarão os que farei. 
Perdi, destruí, choraminguei, implorei, implodi, sofri, fiz sofrer, pisei, arranquei os corações que entrei e sequei as lágrimas que fiz chorar.
Sopra o vento e o zulmarinho continua azul e a vida continua a seguir-me ao lado.


Sanzalando

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