O vai e vem das ondas, serenamente que nem eu, me acalma mais ainda neste dia que o sol esqueceu de ter brilho. Navego, como sempre, ondulando de pensamento em sonho e vice versa. Recordo-te, às vezes vagamente e outras fortemente, com lembranças de florir esquecendo as lágrimas que às vezes chorámos e lembro-me que um dia eu te disse que o abraço é a falta de espaço reconfortante, é o preencher dum vazio inexistente e que por vezes é uma resposta a tantas perguntas não feitas. Recordo-me que um dia conversámos e eu te disse que não gostava das fases transitórias porque não tinha chegado ao destino embora já tivesse partido. Recordo-me que um dia fechei os olhos e esperei que tu dissesses as palavras mágicas e, devido ao silêncio, abri os olhos e descobri as desvantagens de ser um ser invisível para ti.
O ondular das ondas me faz este vai e vem nos pensamentos sonhados ou apenas imaginados. Recordo-me que sempre quis ser diferente do que sou, apenas porque sim.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário